22/09/2016 12:22:23
“Rumo à greve geral e por nenhum direito a menos” é com este objetivo que os trabalhadores ocupam as ruas do país em várias manifestações marcadas para esta quinta-feira (22). Os bancários, unidos em torno da maior greve da história, também se somarão a diversas categorias na luta contra a terceirização, contra o negociado sobre o legislado, na defesa da previdência social, das empresas públicas, do pré-sal e das conquistas trabalhistas.
A mobilização está sendo chamada pelas principais centrais sindicais do Brasil – CUT, CTB, UGT, Força, NCST, CSP-Conlutas e Intersindical –, e as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. As paralisações, atrasos na entrada, assembleias nas portas dos locais de trabalho, passeatas e manifestações ocorrerão durante todo o dia.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, ressalta que o Dia Nacional de Paralisação reforça a luta dos bancários e que a maior greve da categoria também mobiliza outros trabalhadores na defesa de seus direitos.
“Estamos sofrendo duros ataques dos banqueiros, com ações antissindicais, ameaças e pressões. Mas a nossa resposta é a luta, com nossa greve histórica. Estamos unidos às demais categorias contra perda direitos e por mais conquistas. Continuamos dizendo a cada bancário, e agora, a cada trabalhador brasileiro: Só a luta te garante”, afirmou Roberto von der Osten.
Nenhum direito a menos
Além das dezenas de projetos que preveem a ampliação da terceirização apoiada por Michel Temer, vários ministros do governo falaram em outras propostas que tiram direitos da classe trabalhadora, entre elas, a reforma da Previdência, com idade mínima de 65 anos e redução de benefício; mudanças na Lei trabalhista para permitir acordos de redução de salários, 13º e fatiamento das férias; e a PEC 241 que reduz os investimentos sociais, em especial nas áreas de saúde e educação.
É contra esses ataques aos direitos sociais e trabalhistas que todos os trabalhadores têm de participar do Dia Nacional de Paralisação e se preparar para a greve geral, explica o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
“Dia 22 de setembro, todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, temos que estar nas ruas, dando um recado para esse governo golpista, dizendo que não vamos tolerar que mexam em nossos direitos. Rumo à greve geral”, convocou o dirigente.
As centrais sindicais defendem um projeto de desenvolvimento com geração de emprego e distribuição de renda, trabalho decente, aposentadoria digna e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.
São Paulo
Em São Paulo, berço do golpe, às 10h, trabalhadores iniciarão uma concentração na frente da FIESP, Avenida Paulista, 1313, onde às 11h, os sindicalistas entregarão a diretores da FIESP a pauta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.
Às 15h, trabalhadores e militantes de várias categorias profissionais iniciarão concentração em frente ao Vão Livre do Masp, onde os professores da Rede Pública Estadual estarão reunidos em assembleia.
Às 16h, haverá um ato público com todas as categorias profissionais que vão participar do Dia de Paralisação.
Fonte: Contraf-CUT com informações da CUT Nacional
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