03/09/2012 09:10:33
Os bancários estão realizando um Dia Nacional de Luta nesta segunda-feira 3, com manifestações e paralisações parciais em todo o país, para pressionar a Fenaban a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria na rodada de negociação desta terça-feira 4, às 15h, em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, considerou insuficiente a primeira proposta dos bancos, apresentada na semana passada, de reajuste de 6% (cerca de 0,7% de aumento real) sobre todas as verbas salariais.
"Queremos construir um bom acordo na mesa de negociação, o que dependerá exclusivamente dos bancos. Condições financeiras eles têm de sobra, uma vez que somente os seis maiores apresentaram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo provisionando R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Os bancos não podem recusar nossas reivindicações depois de o Dieese ter mostrado que 97% dos 370 acordos salariais fechados no primeiro semestre no Brasil foram superiores à inflação, com aumento real médio de 2,23%, mais que o triplo do que a Fenaban propôs. E dos setores econômicos que fizeram esses acordos nenhum deles é mais dinâmico e lucrativo que o sistema financeiro", argumenta Carlos Cordeiro.
"Por todas essas razões, os bancários estão se mobilizando em todo o país. Se for necessário, vamos à greve novamente caso os bancos rejeitem nossas reivindicações, que além do reajuste de 10,25% incluem valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas, avanços no combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades", adverte o presidente da Contraf-CUT.