CEE/Caixa- Contraf/CUT e a Caixa Econômica Federal realizaram a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional 2015

16/09/2015 14:10:05

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa- Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal realizaram a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional 2015 no dia 11 de setembro. A reunião foi marcada, mais uma vez, pelas negativas da Caixa. Os representantes dos trabalhadores cobraram mais diálogo e menos intransigência.

 

Isonomia - A Caixa recusou a extensão da licença-prêmio e do anuênio (ATS) para todos os admitidos a partir de 1998. Os interlocutores do banco alegaram que a proposta é inviável por conta do elevado custo. Os membros da CEE/Caixa discordaram da argumentação da empresa, solicitaram o estudo que foi realizado em 2013, e lembraram que a não extensão desses benefícios gera uma divisão dentro do próprio banco. Foram reivindicados ainda outros itens em relação a isonomia: o fim da discriminação dos empregados do REG/ Replan não-saldado; e revisão da Estrutura Salarial Unificada e Plano de Cargos e Salários da carreira administrativa com valorização salarial.

 

Organização do Movimento - A Caixa não aceitou abonar os dias de paralisação realizados pelos trabalhadores em 27 de fevereiro, em defesa da Caixa 100% Pública, e nos dias 15 de abril e 29 de maio, contra o Projeto de Lei que escancara a terceirização, bem como a reversão dos reflexos na carreira. Para os membros da CEE/Caixa, a medida é uma forma de retaliar a mobilização dos trabalhadores. Sugeriram um acordo para compensação das horas descontadas. A empresa ficou de analisar a reivindicação.

 

Liberações - O banco recusou a liberação dos delegados sindicais e representantes de entidades sindicais e associativas para participarem de reuniões, cursos, seminários, congressos e plenárias, quando solicitado pelos sindicatos; estabilidade e irremobilidade para os delegados sindicais suplentes; e a manutenção da função para todos os integrantes da CIPA, delegados sindicais e dirigentes sindicais pelo mesmo tempo de estabilidade e da inamovibilidade. Segundo a CEE/Caixa, as entidades têm dificuldades de conseguir as liberações dos dirigentes. A empresa alegou que o pleito é uma interferência na gestão e não pode ser acatado.

 

Carreira - Apenas um ponto da minuta específica relacionado à carreira foi discutido, o programa Gestão de Desempenho de Pessoas. Os trabalhadores reivindicaram, novamente, o fim do GDP. A resposta da Caixa foi a mesma das reuniões anteriores: o programa será mantido e a empresa pretende ampliá-lo até 2016.

 

Ranqueamento - Os representantes dos empregados contestaram sistemas de ranqueamento no banco. Circulam informações de que a Caixa vai lançar um canal de acompanhamento individual de vendas, a ser utilizado nas avaliações do GDP. As representações dos trabalhadores são contra a individualização das metas, porque esta medida causa o acirramento da competição entre os empregados, agravando ainda o adoecimento entre os trabalhadores. O ranqueamento fere, inclusive, o que está acordado no CCT.

 

Esclarecimentos - Indagada sobre o intervalo de 15 minutos para mulheres, os interlocutores da Caixa informaram que o banco está cumprindo o que está previsto no artigo 384 da CLT. Segundo a legislação, para fazer hora extra as trabalhadoras devem realizar esta pausa antes de iniciar a prorrogação do período de trabalho. A CEE/Caixa vai solicitar que as federações e os sindicatos debatam esse tema em suas bases.

 

AVALIAÇÃO

 

Os membros da CEE/Caixa avaliam que houve um recrudescimento da intransigência da Caixa nas negociações. A empresa não tem demonstrado interesse em negociar melhorias nas relações de trabalho. Os nãos a todos os itens da pauta continuaram na reunião do dia 11 de setembro e com raras exceções o banco disse que faria avaliações internas sobre a reivindicação, sem acenar com possibilidade de atendimento do pleito. Os negociadores falaram em proposta global após o encerramento dos debates, o que para CEE/Caixa significa a intenção de não oferecer avanços.

CALENDÁRIO

Negociação - Como não foi possível esgotar toda a pauta sobre carreira e nem debater as questões relativas ao Saúde Caixa, ficou definido que a próxima negociação, em 18 de setembro, será das 9 às 18h, em Brasília (DF). Estará em pauta ainda contratação, condição de funcionamento das agências e jornada/Sipon.