25/10/2016 13:09:55
A Conferência Mundial da Juventude da UNI Global Union reuniu 167 jovens, representando 52 sindicatos de 35 países, entre os dias 18 e 21 de outubro, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Objetivo da Conferência foi unir jovens delegados e delegadas das quatro regiões da UNI para compartilhar informações e experiências, tendo como prioridade a organização sindical na juventude. Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT, representou a Confederação no encontro.
A UNI Global Union é o sindicato global do setor de serviços, que reúne entidades de diversas categorias profissionais em 140 países. A delegação brasileira fez um importante relato na Conferência sobre a atual conjuntura política e econômica no Brasil e os reflexos para a classe trabalhadora.
“ Falamos sobre o risco de se perder em meses o que foi construído com muita luta por anos de mobilização dos trabalhadores e movimentos sociais. Cabe a nós a resistência e a disputa ideológica da versão dos fatos. E a juventude tem sido protagonista neste processo”, afirma Fabiana Uehara.
“Apresentamos o atual cenário político no Brasil e as ameaças que o trabalhador enfrenta por parte do governo como a PEC 241, que congela o orçamento público por 20 anos e, por consequência, investimentos reais em saúde e educação, afetando principalmente jovens pobres, que precisam de políticas públicas para acesso ao ensino superior e primeiro emprego. Também relatamos os riscos do PL da Terceirização, que libera a modalidade de contratação para atividades-fim das empresas. Além disso, destacamos o protagonismo da juventude na resistência contra essas ameaças. Os trabalhadores brasileiros receberam apoio e solidariedade da Union Global Union e das delegações da África, Japão e Europa”, relata Lucimara Malaquias, diretora do Sindicado dos Bancários de São Paulo.
De acordo com Lucimara, a conferência proporcionou informações para a compreensão da realidade dos trabalhadores não só no Brasil, mas também em diferentes partes do mundo.
“Cada vez mais temos empresas, de diversos segmentos, que atuam em vários países do mundo. Portanto, se o capital se organiza internacionalmente, a juventude trabalhadora está empenhada em fortalecer a mobilização e a conscientização globalmente. É importante a troca de experiências para encontrarmos caminhos e respostas cada vez mais efetivas para as demandas da classe trabalhadora”.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb SP