17/01/2014 12:29:11
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) completa oito anos de história com muitas de lutas e conquistas no próximo dia 26 de janeiro. A entidade foi fundada em 2006, durante uma assembleia histórica em Curitiba, ampliando o espaço de atuação da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), construída em 1992, e assumindo a representação dos trabalhadores do ramo financeiro.
Fazendo história
O primeiro presidente da Contraf-CUT foi o funcionário do Itaú, Luiz Cláudio Marcolino, que também presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo.
O 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado no dia 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista (SP). Vagner Freitas, empregado do Bradesco e hoje presidente nacional da CUT, foi eleito presidente.
Já o 2º Congresso da Contraf-CUT aconteceu nos dias 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo, quando foi eleito o bancário do Itaú e ex-secretário-geral Carlos Cordeiro para presidente.
E o 3º Congresso da Contraf-CUT ocorreu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, em Guarulhos (SP), onde Carlos Cordeiro foi reeleito presidente. A entidade coordena o Comando Nacional dos Bancários e representa mais de 90% de todos os bancários do Brasil.
A Contraf-CUT é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de dois milhões de trabalhadores da área de serviços. Carlos Cordeiro é também o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.
Muitas conquistas e desafios
Ao longo desses oito anos, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completa 22 anos em 2014, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.
Com ousadia, unidade e mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2013, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo décimo ano consecutivo, elevação dos pisos e melhoria na participação dos lucros, além de avanços no combate ao assédio moral, como a proibição de envio de torpedos cobrando resultados, e importantes conquistas sociais, como o vale-cultura. "Outra grande vitória foi o adiamento da votação do Projeto de Lei (PL) 4330 da terceirização desenfreada na Câmara dos Deputados", acrescenta.
"Ousamos acreditar que é possível ir além do possível porque acreditamos no poder da mobilização e porque sabemos que uma das nossas maiores forças é o nosso altíssimo grau de unidade", destaca Cordeiro.
Expectativas
O calendário de 2014 aponta eleições em grandes sindicatos, na Cassi, na Previ, na Fenae, na Funcef, além das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados. "Acredito que continuaremos trabalhando muito e venceremos todos esses processos eleitorais, em especial a presidência da República, pois sabemos que precisamos continuar avançando, com mais e melhores empregos, com mais inclusão social e precisamos urgente começar a mexer na estrutura de distribuição de renda do Brasil", salienta o presidente da Contraf-CUT.
Para ele, apesar dos avanços, as condições de trabalho são cada vez mais precárias nos bancos. "Os desafios são enormes", aponta. "Sabemos que os bancários estão sofrendo muito porque os bancos privados e também os públicos, seus acionistas, presidentes e executivos, se preocupam apenas com a gestão do lucro, enxergam os clientes como máquinas de fazer dinheiro e os trabalhadores como números, custos que se contrapõem a lucro".
"Enquanto houver demissões, com corte de postos de trabalho e rotatividade, mortes, adoecimentos e baixos salários, estaremos desafiados a acabar com essas violências. O maior desafio é sermos esperança para esses trabalhadores e convencê-los que lutando juntos somos fortes", conclui Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
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