Contraf-CUT defende Caixa 100% pública em anúncio do balanço do banco

01/04/2019 12:20:00

O movimento sindical marcou presença no anúncio do oficial do balanço da Caixa de 2018, feito em coletiva para a imprensa, em São Paulo, feito pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa, criticou o discurso do presidente.“É bonito ouvir o discurso dele de fortalecimento da Caixa. Porém, ele já foi aos Estados Unidos oferecer o banco. Isso demostra um claro interesse pela privatização. Então o discurso de fortalecimento é falso, com o objetivo de enganar a população e os empregados da Caixa.”

Outro questionamento foi sobre a retirada da Caixa do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), apesar de o banco ser o gestor do fundo. Diante dessas indagações, a resposta de Pedro Guimarães foi de que essa é uma decisão de governo, explicando que a Diretoria do banco vai tentar revertê-las. “Nós também cobramos sobre a saída da Caixa do Conselho do FGTS. Isso também, é enfraquecimento do banco e a atual diretoria não deu resposta à altura”, afirmou Takemoto

Não tem sentido enfraquecer, fatiar, reduzir ou privatizar a Caixa. O banco público, além de lucrativo, é responsável sozinho por 90% do financiamento da moradia popular e por 40% da poupança. Com suas 4,2 mil agências, que atendem mais de R$ 94 milhões de correntistas e poupadores, a Caixa chega a lugares nos quais as instituições privadas não têm interesse em atuar”, completou o secretário de Finanças da Contraf-CUT.

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, deixou um recado a Pedro Guimarães e ao governo federal. “Os empregados estão mobilizados e a sociedade é contra a privatização. Não aceitaremos ataques aos direitos dos trabalhadores e nem à Caixa 100% pública, social e que atua em prol do desenvolvimento do país. Se concretizados os objetivos dessa direção, perdem os empregados, a população e o país. A Caixa é do povo! A Caixa não se vende!”, conclui Dionísio Reis