17/05/2017 12:27:13
Já está claro que as mudanças na legislação propostas pelo governo de Michel Temer interessam às grandes empresas, banqueiros e rentistas, não aos trabalhadores. O dono do Itaú, Roberto Setubal - membro da 12ª família mais rica do Brasil, de acordo com a revista Forbes Brasil, com patrimônio de R$ 3,3 bilhões - declara abertamente que é a favor da reforma trabalhista.
Segundo o banqueiro, as regras atuais são muito detalhistas, burocráticas e intervencionistas ao extremo. Um grande absurdo. A declaração, no entanto, não surpreende. Basta observar o tratamento do banco com os funcionários.
Na prática, a reforma legaliza muitas irregularidades praticadas no Itaú e abre caminho para a expansão cada vez maior do lucro à custa da saúde e condições de trabalho dos empregados.
A organização financeira tem uma gestão baseada no assédio moral, na cobrança por metas, o que leva os bancários ao adoecimento. E, quando doente, o trabalhador corre o risco de ser demitido. Não é nada incomum.
Tem ainda a reforma da Previdência, que abre um mercado gigantesco à organização financeira, e às demais, para catapultar as vendas dos planos de previdência privada. Sem contar que recentemente o governo Temer perdoou dívidas bilionárias dos bancos, inclusive do Itaú, que se livrou de acertar R$ 25 bilhões em impostos.
Fonte: Sindicato Bahia