11/09/2014 11:28:32
Definido após o 3º Encontro Nacional de Isonomia, realizado em 30 agosto em Brasília, o Dia Nacional de Luta em defesa da isonomia de direitos entre todos os empregados da Caixa Econômica Federal acontece nesta quinta-feira (11). Nesta data, os sindicatos e as entidades associativas de todo o país promovem manifestações para cobrar da direção do banco valorização e respeito aos trabalhadores.
A reivindicação por isonomia na Caixa e nos demais bancos públicos federais é defendida pelas entidades sindicais e associativas desde 1998, quando ocorreram as primeiras contratações com condições diferenciadas.|
Em diversas bases sindicais, a orientação é que sejam realizadas atividades, a fim de intensificar a pressão em torno da exigência pela igualdade de direitos. Há quem optará pelo retardamento em uma hora na abertura das agências. Em todo o Brasil, porém, ocorrem manifestações com faixas e carro de som, com distribuição de manifesto a bancários, clientes e usuários.
A luta pela isonomia entre todos os empregados figura entre as principais prioridades específicas da campanha salarial 20104 na Caixa. Para fazer valer os direitos dos trabalhadores, a Fenae e a Contraf/CUT divulgaram um manifesto na segunda-feira (8) pela isonomia.
No texto, entre outras coisas, a Contraf/CUT e a Fenae rechaçam o fato de quem, atualmente, há na Caixa trabalhadores de duas classes desempenhando os mesmo papéis. O documento destaque que, "mais do que inaceitável em um banco essencial para o país, parceiro estratégico na execução de políticas públicas, a prática fere o artigo 5º da Constituição Federal".
O manifesto explica ainda que a distinção entre empregados foi introduzida na época em que o governo de Fernando Henrique Cardoso privatizou empresas públicas. Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretora de Administração e Finanças da Fenae, lembra que a Caixa passou por um processo acelerado de desmonte e nesse período, na empresa, "o modelo de gestão foi ditado por medidas como demissão de empregados pela RH 008, implantação de três PADVs, flexibilização da jornada, reajuste zero, discriminação aos aposentados e ataque às entidades de representação dos bancários".
O documento lembra que a partir de 2003, muitos direitos foram reconquistados, e que o foco agora é lutar pela licença-prêmio de 18 dias por ano e pelo Adicional por Tempo de Serviço (ATS).
"É hora de intensificar mobilização. O aviltamento dos direitos dos empregados é um ataque a toda a categoria. A luta é de todos. A precarização de condições para os novos ingressantes representa a deterioração das relações de trabalho e pode indicar o caminho para perdas futuras entre bancários de instituições públicas. É urgente acabar com esse resquício neoliberal, fruto do ataque de um projeto de governo que quase acabou com a Caixa Econômica Federal", afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
O manifesto é para ser distribuído nas atividades do Dia Nacional de Luta desta quinta-feira. Os protestos visam explicitar para a direção da Caixa que os empregados não aceitam conviver com injustiças e tampouco estão dispostos a se sujeitar às medidas unilaterais, adotadas sem a devida transparência.
Fonte: Contraf-CUT com Fenae