Itaú apresenta pontos a serem debatidos com a COE

20/04/2017 14:01:49

O banco Itaú apresentou à Comissão de Organização dos Empregados (COE), em reunião realizada nesta quarta-feira (19), em São Paulo, os pontos a serem debatidos com os representantes dos trabalhadores durante o ano de 2017. “O banco nos apresentou uma pauta com diversos pontos, mas, para nós, o principal ponto a ser debatido está relacionado à garantia de emprego”, disse Jair Alves, coordenador COE do Itaú e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

 

Segundo dados apresentados pelo banco em 2016 ocorreram 8.491 demissões e apenas 5.585 contratações, ocasionando uma redução de 2.906 postos de trabalho no ano.

 

“A digitalização atinge fortemente a categoria e causa muitas demissões. Com a terceirização esse impacto pode ser ainda maior e será brutal se a reforma trabalhista for aprovada, pois afetará não apenas o número de postos de trabalho, mas também a remuneração e as condições de trabalho”, alertou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

 

Uma das decisões tomadas durante a reunião foi a criação de um Grupo de Trabalho entre o banco e os trabalhadores para discutir a questão do emprego e da remuneração, com reuniões trimestrais. Cada federação deve indicar dois nomes para compor este grupo, sendo um titular e um suplente até 15 de maio, antes da próxima reunião da COE com o banco, que será realizada no dia 17 de maio.

 

“É fundamental discutirmos esse ponto. Hoje vemos agências sem funcionários ao mesmo tempo que pessoas são demitidas”, disse Ivone da Silva, secretária Geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e funcionária do Itaú.

 

Acesso às agências digitais

 

Para Ivone, outro ponto que precisa ser discutido é a falta de acesso às agências digitais. “O banco havia garantido que poderíamos entrar nos locais para conversar com os trabalhadores. Isso não tem acontecido e precisa melhorar”, observou.

 

Pauta do banco

 

Além da questão do emprego, o banco propôs outros pontos a serem debatidos, divididos em quatro diferentes grupos:

 

- Processos judiciais

            - Ações em andamento e priorizar o diálogo antes do ajuizamento

- Jornada

- Saúde

- Banco do futuro

 

Fonte: Contraf-CUT