12/05/2014 12:53:26
Os quatro grandes bancos brasileiros que já divulgaram os balanços do primeiro trimestre de 2014 apresentaram outra vez lucros bilionários, mas continuaram eliminando postos de trabalho, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 344.984 empregos no período. A análise é da Subseção do Dieese na Contraf-CUT.
O Itaú, o Bradesco, o Banco do Brasil e o Santander exibiram juntos lucros de R$ 10,5 bilhões no primeiro trimestre, enquanto cortaram 2.690 vagas, prejudicando o emprego dos bancários e o atendimento dos clientes e da população. Já nos últimos 12 meses, esses quatro bancos extinguiram 12.332 postos de trabalho, o que é injustificável.
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O Itaú lucrou R$ 4,529 bilhões no trimestre, crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, mas cortou 733 postos de trabalho no trimestre, totalizando 2.759 nos últimos 12 meses (queda de 3,1%).
O Bradesco lucrou R$ 3,473 bilhões no trimestre, crescimento de 18% na comparação com os primeiros três meses de 2013, porém eliminou 944 empregos no trimestre, totalizando 3.248 nos últimos 12 meses.
O Banco do Brasil lucrou R$ 2,678 bilhões, crescimento de 4,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, mas ceifou 43 empregos no trimestre, totalizando 1.492 nos últimos 12 meses (queda de 7,5%).
O Santander lucrou R$ 1,428 bilhão no trimestre, queda de 6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, mas cortou 970 vagas no trimestre, totalizando 4.833 nos últimos 12 meses (redução de 9%).
Gestão do lucro
"Essas reduções de postos de trabalho são totalmente injustificáveis e mostram que os bancos estão preocupados com a gestão do lucro e não com a gestão das pessoas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
"Os bancos brasileiros vêm obtendo a mais alta rentabilidade da economia do país e de todo o sistema financeiro internacional", ressalta. Para ele, "banco que elimina postos de trabalho não tem responsabilidade social e não contribui para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda".
"A resposta dos bancários será intensificar a mobilização contra as demissões e o fechamento de agências, por mais contratações e pelo fim da rotatividade e das terceirizações, como forma de proteger e ampliar o emprego da categoria e da classe trabalhadora", aponta Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT com Dieese