Mesa específica de negociações com o Banco do Brasil teve início em Brasília, nesta terça (23)

25/08/2016 17:13:09

 

O Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, ressaltou que o processo de construção da minuta vem desde os primeiros meses do ano, com os encontros regionais, estaduais e assembleias locais. “As propostas foram amplamente debatidas no Congresso Nacional dos Funcionários do BB, onde a minuta foi concluída”.

 

Os bancários do BB apontaram ao banco a necessidade de se rever o atual interstício do plano de carreira, aumento do piso de ingresso e melhoria no valor da carreira de mérito, ampliando para todos os cargos, incluindo os escriturários.

 

Outro ponto debatido foi o retorno das substituições de comissionados. Em vários locais de trabalho tem acontecido constantes desvios de função, quando um funcionário faz o trabalho de um cargo superior sem receber a devida remuneração. A Comissão de Empresa defendeu que a ampliação das substituições, além de diminuir o passivo trabalhista, contribui muito no processo de formação dos funcionários.

 

Os bancários cobraram do banco a revisão do Plano de Funções do BB com melhoria nos valores das comissões, a mudança de cargos prejudicados pela implantação do plano atual, como os gerentes de relacionamento e gerentes de serviço e, ainda a negociação da jornada de 6 horas para os cargos técnicos da direção geral.

 

"O Banco do Brasil é única empresa do país onde um funcionário do novo plano de funções sobe de cargo e reduz salário. Essa é a realidade que infelizmente é desconhecida por boa parte da diretoria, que aprovou um plano sem conhecer seus verdadeiros impactos. Precisamos de fato abrir uma negociação para corrigir os problemas que ficam evidentes a cada reestruturação que o BB anuncia", apontou Wagner.

 

O modelo de agência e atendimento digital foi amplamente debatido, com preocupação sobre a manutenção dos cargos, salários e condições de trabalho dos funcionários envolvidos na migração do modelo atual para o digital. Juntamente com essa discussão, foi abordada a preocupação com as diversas reestruturações dentro do BB, sem garantias para os funcionários.

 

Os representantes dos funcionários reivindicam a criação de uma verba de caráter pessoal específica para proteção salarial nas reestruturações, o VCP-R.

 

"O banco promove diversas reestruturações ao longo do ano e em todas elas os mais prejudicados são os funcionários, uma vez que não há planejamento necessário. Em menos de 2 anos, houve diretoria que fez uma reestruturação para corrigir os erros de outra, como foi o caso da área de cobrança de dívidas - GECOR. A reestruturação na área de logística tentou centralizar e separar os serviços de engenharia em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, e, no meio do processo, o que aconteceu até agora foi a mudança das pessoas de cidade, perda de cargos e prejuízos aos funcionários, sem ainda efetivar o ganho de escala prometido", explicou o dirigente sindical.

 

No tema saúde do trabalhador e trabalhadora, os funcionários cobraram do BB uma atenção aos casos de adoecimento dentro da empresa, com destaque para os casos de doenças mentais, com muitas ocorrências ultimamente.

 

Os funcionários cobraram do banco a continuidade das mesas temáticas de saúde e resolução de conflitos, bem como a implantação de duas mesas temáticas sobre o Economus Saúde e Previdência e, ainda, uma mesa específica sobre a carreira dos profissionais como engenheiros, advogados, arquitetos e demais cargos de nível superior.

 

Entre os itens da minuta referente a pauta das mulheres, foi cobrado do banco a continuidade dos auxílios alimentação e refeição durante todo o período de licença maternidade e outras licenças, bem como a negociação dos 15 minutos de intervalo.

 

Após os debates desta primeira rodada, os bancários cobram do BB respostas concretas sobre as reivindicações. Uma nova negociação foi agendada para o dia 30 de agosto em São Paulo.

 

 

Fonte: Contraf-CUT