Reforma da Previdência privatiza direitos dos trabalhadores

17/02/2017 13:19:36

A reforma da Previdência empurra o país para o caos. Esta constatação foi reforçada pelos participantes do seminário sobre este tema, promovido pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), com o apoio do Sindicato dos Bancários de Brasília e da CUT Brasília, no dia 3 deste mês.

 

“É preciso ter consciência de que o que está sendo colocado é a retirada de direitos que lutamos por anos para conquistar”, destacou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

 

Na ocasião, o tão propagado déficit da Previdência foi, mais uma vez, descartado. A auditora fiscal da Receita Federal, Maria Inez, afirmou: “A Previdência necessita é de uma gestão transparente e eficaz, muito diferente do que estão tentando fazer”.

 

Para o desembargador Grijaldo Fernandes Coutinho, “Essa reforma da Previdência empurra o país direto à privatização, que vai forçar o trabalhador a contratar um plano de previdência privada. Para piorar, eles ainda querem empurrar a reforma trabalhista. Só os trabalhadores organizados podem barrar esses ataques”.

 

Dieese critica reforma

 

Em janeiro, o Dieese divulgou uma nota técnica sobre a PEC 287 que dita as normas para a Reforma da Previdência pretendida pelo governo do presidente ilegítimo Michel Temer.

 

O texto critica a Reforma da Previdência e afirma que ela reduzirá a “abrangência e a capacidade de proteção social”. De acordo com a nota técnica do Dieese, há uma relação entre a PEC 287 e a PEC da morte.

 

“A mudança radical da Previdência e da Assistência se articula com o Novo Regime Fiscal, implementado pelo governo federal por intermédio da Emenda Constitucional 95 (antiga PEC 241/55), que estabelece, para os próximos 20 anos, o teto dos gastos públicos primários, isto é, de todas as despesas, exceto das financeiras”, afirma o texto.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília