REJEIÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA EM COMISSÃO DO SENADO REFORÇA IMPORTÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO

21/06/2017 12:27:05

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou o relatório da reforma trabalhista (PLC 38) pelo placar de 10 a 9 nesta terça-feira, 20. Mesmo assim, o texto segue em tramitação e vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes da apreciação final no plenário – esperada para acontecer na próxima semana.

 

O placar é uma derrota para o governo Temer e reforça a importância da pressão popular e da mobilização na Greve Geral do dia 30 de junho para combater a retirada de direitos.

 

A oposição comemorou a rejeição do parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) com gritos de “Fora Temer”. O resultado contraria os planos do governo, que contava com a aprovação hoje e, na sequência, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), previa que o texto estaria pronto para ir a plenário a partir do dia 28.

 

Logo depois da rejeição inesperada, foi aprovado simbolicamente o voto em separado de Paulo Paim (PT-RS), contrário ao projeto do governo. Durante toda a sessão da CAS, o parlamentar gaúcho apelou para um entendimento em outras bases, criticando o “desespero” de aprovar um texto sem qualquer emenda. É o parecer de Paim, e não mais o de Ferraço, que seguirá para a CCJ.

 

“Qualquer pessoa séria, ao ler aquele projeto, acha aquilo inaceitável. Vamos pegar os votos em separado, os quatro da oposição e o (texto) do relator, vamos sentar e ver o que é possível construir. É possível construir um grande entendimento, aí o projeto volta para a Câmara e ela ratifica ou não. Isso é bom senso, o razoável, ninguém está dizendo que não é para fazer reforma nenhuma, nós tiraríamos todos os absurdos”, afirmou Paim.

 

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Seeb-SP