Sindicatos e população Divinópolitana pressionam políticos em audiência pública sobre a reforma da previdência

13/03/2017 13:36:00

A população de Divinópolis, representada por 12 Sindicatos, participaram da audiência pública que debateu a Reforma da Previdência.


Na oportunidade o técnico do DIEESE, esclareceu de forma simples e objetiva os principais pontos da reforma.


Houve manifestação de repúdio dos presentes quando o vereador, Marcos Vinícius, pediu ao Presidente da Câmara: “pela ordem”, com o objetivo de retirar a fala do técnico para não estender o tempo. O público presente manifestou dizendo que o dia era do trabalhador e que se fosse necessário utilizar de todo o tempo, para esclarecimentos, estariam dispostos a ficar no recinto até após a meia noite.


Dos 10 deputados federais convidados, apenas o Deputado Reginaldo Lopes do PT, esteve presente. O Deputado Jaime Martins mandou um vídeo justificando a ausência e o Deputado Domingos Sávio uma carta. Entendemos que apesar das justificativas, foi sem dúvida um grande desrespeito com a população Divinopolitana, por se tratar de um tema tão precioso para o País.


Dentre as falas dos Representantes dos Sindicatos e do público em geral o discurso foi o mesmo: “Esta reforma não pode passar”. O entendimento geral é que o governo pretende tratar apenas de números e como disse o próprio técnico do DIEESE, basear a reforma apenas por uma idade média é um absurdo. É semelhante a colocar a cabeça no congelador e os pés no forno, sendo que a temperatura média seria considera ideal. - não é assim que funciona, acrescenta o técnico: Há bairros em São Paulo, por exemplo, em que a expectativa de vida é de 52 anos e outros bairros na mesma capital é de 85 anos de vida. Retirar do trabalhador o direito de aposentar por tempo de serviço, além de ser um banho de água fria é o mesmo que dizer a força de trabalho que esta por vir, os jovens, trabalhar pra quê?


Entenda o Sistema como se o Brasil fosse um cano de PVC e força de trabalho dentro deste cano. O governo quer fechar a boca do cano, estendendo o tempo de ativa de cada trabalhador, desta forma os jovens que pretendem entrar no sistema, com o cano cheio terão que se submeter à mão de obra escrava, pois outros milhares estarão pleiteando a mesma vaga. Fora o processo migratório, o famoso êxodo rural onde os trabalhadores do campo impossíveis de se aposentarem no novo sistema, terão que tentar a vida de maneira informal nas cidades – estabelecendo o grande empobrecimento do País.


Temos que nos mobilizarmos nas redes sociais, chamar a população às ruas em defesa da seguridade social que é um direito conquistado pelo povo.