30/06/2017 13:33:16
A Greve Geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), outras centrais sindicais e demais movimentos sociais, como os que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo começou forte desde a madrugada, com bloqueios de vias, protestos e paralisações em diversos pontos do país. Os trabalhadores protestam contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer, pedem a queda do presidente e sua substituição por meio de eleições diretas.
“Temos a consciência de que muitos trabalhadores não participam da greve, mas é inegável que as categorias que aderiram conseguiram realizar manifestações e paralisações suficientes para chamar a atenção da sociedade e mostrar para deputados e senadores que, se eles votarem a favor das reformas que eliminam direitos trabalhistas, terão dificuldades de se eleger nas próximas eleições. Vamos fazer pressão agora e, durante a campanha eleitoral, mostrar quem votou contra os trabalhadores”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ressaltando que os mais diversos meios de comunicação registraram as atividades contra as reformas nas principais cidades do país.
Em praticamente todo o país, sindicatos e federações de bancários e demais trabalhadores do ramo financeiro filiados à Contraf-CUT realizaram assembleias e aderiram a Greve Geral. Nos locais onde não houve a possibilidade de paralisar o trabalho, houve atraso na abertura, manifestações e entrega de materiais aos trabalhadores e à população de forma geral explicando os motivos da greve.
“Quando há paralisação nos transportes e de vias públicas, a greve ganha em importância porque para quase tudo. Mas, quando paramos os bancos, atingimos o coração financeiro da economia. Por isso, a paralisação dos bancários foi muito importante para o sucesso da greve”, explicou o presidente da Contraf-CUT.
Atos
Manifestações já ocorreram e outras ainda vão ocorrer nesta sexta-feira (30) em diversas cidades do país. Em São Paulo, a Avenida Paulista será o palco de um ato popular contra as reformas trabalhista e previdenciária e por eleições diretas. A manifestação é organizada pela CUT, CTB, Intersindical e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A concentração será a partir das 16h, no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp). Em seguida, haverá uma caminhada até a sede da prefeitura municipal, no centro, para denunciar as tentativas de privatizações dos equipamentos públicos pela gestão de João Doria (PSDB).
Acompanhe a greve minuto a minuto.
Fonte: Contraf-CUT