A Fetrafi-MG realizou, neste sábado (31/5), o Encontro dos Bancos Públicos. Tanto os debates da Caixa quanto do Banco do Brasil foram promovidos na sede APCEF, em Belo Horizonte, durante todo o dia.

A mesa de abertura contou com o O presidente da Fetrafi-MG, Carlindo Dias (Abelha), a representante da Contraf-CUT, Eliana Brasil, o vice-presidente da Fenae, Clotário Cardoso, o representante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Livio Santos e os representantes do CEE do BB, Rogério Tavares e Diego Bunazar.

Abelha abriu o evento destacando a importância da realização dos encontros, mesmo em ano sem campanha salarial. “Temos coisas importantíssimas do dia-a-dia do trabalhador bancário para debater. Na Caixa, temos Saúde Caixa e  temos coisas específicas do Banco do Brasil também. Por isso, precisamos preparar uma boa pauta aqui para levarmos para nossa Conferência Estadual, em Juiz de Fora”, ressaltou.

A Mesa de Conjuntura contou com a presença da diretora executiva da Fundação Banco do Brasil, Luciana Bagno. Ela destacou a importância dos bancos públicos desde nas cidades pequenas, em que a economia depende da agência, até para o fortalecimento do Brasil como potência econômica mundial. 

Além disso, Luciana alertou para o que chamou de “guerra da comunicação”, que a extrema-direita vem travando contra movimentos sindicais. “Precisamos fortalecer nossas ferramentas de comunicação, pois estamos perdendo essa guerra, porque não estamos conseguindo levar nossa mensagem. Precisamos sair do nosso lugar de saber e ouvir as bases para estabelecer um dialogo”.

Banco do Brasil

A primeira mesa do Banco do Brasil contou com a presença da Caref do Banco do Brasil, Selma Siqueira, que defendeu o papel da representação dos funcionários no Conselho de Administração. “Esse direito foi conquistado pela luta sindical. É muito importante a gente se apropriar desse direito, ter consciência de onde ele veio e principalmente exercê-lo”, afirmou.

Outro ponto destacado por Selma foi a necessidade de criar uma política de diversidade mais abrangente. “A política de diversidade tem sido feita de forma muito fragmentada. É necessário lutarmos por um programa que contemple mulheres, negros, LGBTs e PCDs de forma mais positivada”, afirmou.

Já a segunda mesa focou na Previ e nos ataques que a instituição vem sofrendo, tendo o debate conduzido por Luciana Bagno. Ela pontuou que os ataques a Previ não são algo novo, pois um fundo de previdência tão grande quanto o do Banco do Brasil é sempre visado pelo mercado. Mas Luciana apontou que o sistema de governança da instituição é muito forte e blindam a Previ de possíveis consequências destes ataques. 

Ela também trouxe diversas vitórias conquistadas no plano, como a redução do déficit e melhorias na rentabilidade e em especial da nova tabela PIP, que não tem em nenhum outro plano de previdência. “Em meio a tantos ataques sistemáticos, temos que destacar nossas vitórias, que são inúmeras”, ressaltou.

À tarde, o debate se voltou para fortalecimento da Cassi conduzido pelo gerente geral de relacionamento da Cassi, Getulio Maciel. Um ponto destacado por ele foi a implementação da Rede Referenciada, um sistema de avaliação dos profissionais do plano, conquistado pelo movimento sindical. 

A última mesa do dia foi conduzida por Rodrigo Britto, presidente da Fetec-CUT/CN, que alertou para os principais riscos ao papel social do BB como banco público. Entre eles a substituição das agências físicas por digitais, as facilidades de crédito para o agronegócio em detrimento da agricultura familiar e as terceirizações. “Precisamos apontar os erros para podermos defender a instituição que trabalhamos, especialmente no Legislativo,que é quem mais tem aprovado leis para precarizar os direitos dos bancários e usuários dos bancos públicos”.

Caixa

O debate no grupo de trabalho da Caixa contou com a participação da secretária de formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil, da integrante do Grupo de Trabalho Saúde Caixa e secretária-geral da Fetrafi-MG, Lívia Terra, e o representante do Conselho Deliberativo da Funcef, Selim Oliveira e o representante da Fetrafi-MG na CEE da Caixa, Lívio Santos.

O grupo de trabalho da Caixa se voltou para cinco eixos:  Saúde Caixa, condições de trabalho, futuro da carreira, Funcef e defesa da Caixa. O representante da Fetrafi-MG no CEE da Caixa, Lívio Santos, destacou a presença expressiva dos empregados no encontro. “É importante que a gente consiga engajar a base para que esteja presente nestes debates, para escutar os anseios da categoria. Assim, podemos entregar uma pauta de reivindicação que seja compatível com aquilo que os bancários da Caixa realmente desejam e esperam do movimento sindical”, apontou.

Fonte FETRAFI MG